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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que molha mais, correr ou andar debaixo da chuva?

Depende. Muitos fatores interferem nesse resultado como, por exemplo, a distância percorrida, o tempo embaixo d’água, a intensidade da chuva e a área do corpo. "Os elementos que determinam a quantidade de água que uma pessoa vai receber são a velocidade resultante da chuva e a superfície de contato. Mas, o que importa é o ângulo que gotas fazem ao atingir o corpo. Quanto maior o ângulo de inclinação na vertical, mais chuva o cara vai tomar. E isso aumenta à medida que a velocidade da pessoa fica maior", explica Cláudio Furukawa, do Instituto de Física da USP. Então, se você não é bom de conta, melhor mesmo é sempre andar com um guarda-chuva, só por precaução.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Como o rio Tietê ficou poluído?

O estrago no rio mais importante do estado de São Paulo, com 1 150 quilômetros de extensão, começou na década de 1920. "Com as obras para tornar as margens retas na capital para construir pistas, as pessoas pararam de frequentar o rio e ele foi virando um depósito de lixo", diz Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica. Desde então, esgoto, resíduos industriais e todo tipo de porcaria contribuíram para tornar o Tietê um dos mais nojentos do mundo. Hoje, o maior vilão é o esgoto doméstico: só 44% dos moradores da bacia do Alto Tietê têm esgoto tratado. Ainda bem que o rio é um morto vivo: depois de apodrecer, renasce à medida que se afasta da capital. :-F

OPERAÇÃO LIMPEZA
Esgoto tratado pode ajudar a despoluir o rio

Todo o esgoto doméstico, tratado ou não, em algum momento vai parar nos rios. Já que isso não dá para mudar, o projeto de despoluição do Tietê comandado pela Sabesp (empresa de saneamento do estado de São Paulo) quer ampliar a rede de tratamento de esgotos para a população que vive em torno do rio. Em 1990, apenas 24% do esgoto em São Paulo era tratado. Hoje, já são 68%. Nesse período, a extensão da faixa de rio completamente poluído diminuiu mais de 200 quilômetros

LAVANDO A ROUPA SUJA
Como o rio que nasce limpo fica imundo, morre e renasce

NASCENTE EM SALESÓPOLIS
Nesta cidade no interior paulista, a água brota limpa e transparente por entre pedras, dentro da reserva ambiental Parque Nascentes do Rio Tietê. Em plena serra do Mar, a nascente fica a 1 027 metros de altitude. Dá para encontrar peixes, plantas e vários animais vivendo no rio ou ao redor dele. Quem for mais corajoso pode até beber a água...

BIRITIBA MIRIM
Neste trecho já há vestígios de poluição, mas a maior parte dela ainda é orgânica. O maior estrago aqui é feito por agrotóxicos e fertilizantes jogados na água por fazendeiros da região. Eles literalmente fertilizam a água (principalmente quando contém fosfato) e fazem as plantas aquáticas proliferar e competir com os peixes e outros seres vivos por oxigênio

MOGI DAS CRUZES
Aqui a casa começa a cair: o rio começa a receber esgotos domésticos das cidades da região. Os dejetos chegam à água sem tratamento nenhum, fator que mais contribui para a poluição. Imagine a descarga dos 362 mil moradores de Mogi indo parar direto no rio. Resultado: neste pedaço, são despejadas cerca de 60 toneladas de esgoto por dia

GUARULHOS
Na Grande São Paulo, são 680 toneladas de esgoto (medidas em oxigênio necessário para consumir a poluição) diárias. A partir daqui, são 100 quilômetros de rio morto: com a sujeira, nenhum peixe ou planta sobrevive - sobram apenas bactérias anaeróbias. Neste trecho, o rio também fica paradão. Como sua largura e profundidade foram diminuídas, a vazão é de 114 mil litros por segundo, pouco para um rio desse porte

PIRAPORA DO BOM JESUS
Neste trecho, há espumas brancas que se formam quando restos de detergente são agitados pelas cachoeiras. Essas quedas auxiliam o rio a recuperar vida: ajudam a barrar naturalmente a poluição e a movimentar e oxigenar a água, em um processo natural chamado autodepuração. Além disso, novos afluentes jogam um balde de água fria, mas limpa, no Tietê

CONCHAS
Com mais oxigênio, voltam a surgir peixes, plantas, algas e micro-organismos. Antes de chegar aqui, o rio ainda recebe água de boa qualidade de afluentes como o rio Sorocaba e o rio Capivari, ganhando cara de rio "normal" novamente. Apesar da poluição remanescente, aqui já há barcos navegando e até quem arrisque nadar nele

BARRA BONITA
Quando chega por aqui, o Tietê já se recuperou do passado negro e virou um belo rio. A qualidade das águas ainda não é ideal, mas, com um bom tratamento, já serve até para abastecer algumas cidades. Mas nada é perfeito. Daqui até chegar à sua foz, no rio Paraná, na bacia do Baixo Tietê, em mais 600 quilômetros de curso, não há medição sistemática da poluição, apenas controles esporádicos

TIETERMÔMETRO
Saiba como o Índice de Qualidade de Águas (IQA) mede a sujeirada do rio

OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)
Quanto menos oxigênio, mais poluído

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (consumo de oxigênio pela água)
Quanto mais alta, mais poluído

COLIFORMES TERMOTOLERANTES
(grupo de bactérias encontradas no cocô)
Quanto mais alto, mais poluído

NITROGÊNIO AMONIACAL (NH4)
Encontrado na urina, no esgoto doméstico e nos agrotóxicos. Quanto mais houver, mais poluição


FÓSFORO
Também encontrado no esgoto, nos saponáceos (detergente, sabão) e nos agrotóxicos. Quanto mais, mais poluído

TURBIDEZ
Tudo quanto é sujeira sólida, terra e sedimentos vindos de assoreamento. Quanto mais, mais poluído

RESÍDUO
Assim como a turbidez, são de sujeiras dissolvidas na água. Quanto mais, mais poluído

TEMPERATURA E PH
Isoladas, não têm influência direta na poluição.


Fonte:ME

domingo, 2 de janeiro de 2011

Como funciona o Cup Noodles?

Para milhões de pessoas poderem despejar água fervente num copo e matar a fome em poucos minutos, rola (e já rolou!) muita mão de obra. A história do macarrão instantâneo começou em 1958. Num Japão que ainda sentia os efeitos da 2ª Guerra Mundial, o empresário Momofuku Ando (1910-2007), fundador da Nissin, criou o miojo - o primeiro sabor foi de galinha. Na época, o produto era um luxo e custava seis vezes mais do que o macarrão tradicional. Em 1971, um funcionário da Nissin, Takeshi Otaka, sugeriu embalar o miojo num pote de isopor - o design do copo é o mesmo até hoje -, batizado posteriormente de Cup Noodles.

Rango histórico

Em Osaka, no Japão, há um museu dedicado ao Cup Noodles. Diariamente, 1 500 visitantes aparecem para conhecer a história do produto
Mão na massa
O macarrão instantâneo já vem cozido e temperado de fábrica

1. A massa é levada por uma esteira para ser pré-cozida no vapor. Depois disso, ela é prensada por cilindros para ficar fina antes de passar por lâminas que a cortam em fios com 2 mm de espessura - em cada pote há cerca de 80 fios, com 40 cm de comprimento


Prato leve

No Brasil, usa-se plástico duro na embalagem. Em outros países, os copos podem ser de papel e de isopor, que, além de ser leve e barato, é um ótimo isolante térmico. Assim, o recipiente perde pouco calor, mantendo a água quente por mais tempo

2. O miojo do Cup Noodles tem um gostinho a mais que o macarrão comum. Para dar sabor aos fios, mergulha-se o macarrão por dez segundos num tanque com água a 30 oC, temperada com sal e glutamato monossódico


Sabor aos pedaços

Por causa dos temperos acrescentados antes da fritura, o miojo (e não apenas o Cup Noodles) é mais amarelado que o macarrão comum. Depois de frito, na hora de embalar, são acrescentados temperos em pó e pedaços de alimentos desidratados

3. O macarrão é distribuído em fôrmas arredondadas e mergulhado no óleo para fritar por dois minutos. O processo desidrata o macarrão, o que facilita a embalagem. Mas a massa que tinha 315 calorias vai para 420 - a cada 90 g


Panela boa

O bloco de macarrão é forçado contra as paredes do copo, aumentando a resistência da embalagem e minimizando danos durante o transporte. O espaço vazio no fundo do pote serve para isolar parte da água, mantendo a temperatura de cozimento

• No Japão, o nome do miojo de copo é Cup Noodle, sem o "s" no final, e há 15 sabores disponíveis
Fonte:ME